
E infelizmente os filhos, muitas vezes, fazem já parte deste "marketing" pessoal. Não são só crianças iguais a todas as outras, são os melhores de todos.
Certo, isto não está bem. Mas tentem pensar ao contrário. Numa sociedade altamente competitiva, a auto-estima de grande parte dos cidadãos, mesmo conduzindo carros de alta cilindrada e de último modelo só se aguenta em valores aceitáveis se estiverem mesmo convencidos de que, de facto, são bons. E voltamos aos filhos: nada como um "rebento" precoce e altamente dotado - aos olhos dos pais -, para os convencer de que são bem sucedidos, mesmo com pouca interferência educativa na vida dos filhos: escola a tempo inteiro, piscina, ballet, karaté... banho, jantar e cama.
Não vou mais longe.
1 comentário:
Concordo contigo Bruno. Infelizmente esta é a sociedade em que acordamos todos os dias. A espreitar para a porta e para a janela do outro, a “medir o que eu tenho e o que o outro tem”.
Esta auto-promoção de que falas é sustentada em coisas muito supérfluas (mas que dão grande status), esganadoras das relações pessoais e interpessoais. E os meninos assim vão crescendo... assentando o seu crescimento em pseudo- verdades e pseudo-valores, à margem da promoção dos afectos, da responsabilidade, do esforço, do respeito colectivo...
Um beijinho
Rita
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