quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A força que o querer tem que ter... podia ser uma política educativa comum a vários ministérios (o que vale é que ainda acreditamos em contos de fadas

São demasiadas palavras para um vídeo que "fala por si"; mas as minhas palavras, às vezes vão longe demais...

Estou num período da minha vida em que raramente vejo o que tenho à frente dos olhos: são precisas imagens fortes (quase hardcore) para ver o estado do mundo.
Os telejornais repetem-se e insistem em notícias que nada têm que ver com as dificuldades da família A ou B; referem antes os baixos lucros dos bancos, corrigindo os da banca "com fins lucrativos"; ofuscam-se com o futuro cão da família Obama que poderá latir em português (béu, béu, béu), têm que consultar o dicionário certo; o açougueiro que amputa dedos em tribunal, seria mais mediático se amputasse a cabeça (a que pensa), ou se alguém público fosse efectivamente condenado por pedofilia e condenado à amputação do pénis. Isto sim, poderiam ser notícias com importância ou influência na opinião pública. MAS ESTAMOS ADORMECIDOS, A GREVE NÃO É SOLUÇÃO, A FENPROF JÁ ERA...ENQUANTO NÃO TRABALHARMOS AS TRINTA E CINCO HORAS SEMANAIS NA ESCOLA, A ESCOLA PÚBLICA NÃO VAI MELHORAR, MAS HAVERÁ SEMPRE MUITOS BALDAS CONTRA ESTA INTENÇÃO...
(assobio...)
não era disto que queria falar.
Tive para dar o título idêntico ao do post anterior, mas não apeteceu.
Nesta situação é mais uma mãe (QUE DESEMPENHA TODOS OS PAPEIS NECESSÁRIOS AO FILHO). Isto dava pano para mangas e pêlo para barbas e pêlos nas pernas a muitas mulheres)...
Por muito que me custe entrar em confronto com o Sr. Primeiro Ministro, não consigo deixar de me perguntar se o "choque tecnológico" resolve estas questões.
E pergunto-o de braços erguidos em louvor da importância que atribui à educação nos seus discursos): e pergunto-o com a ingenuidade de quem já lhe deu o voto:
- Como vai funcionar o choque tecnológico com estas crianças e jovens?
... infelizmente desconfio da resposta (até pode haver resposta política), mas o problema é que, na prática, são uma minoria com pouco peso político nos votos.
Costumo ser defensor de resoluções pouco radicais, porque ao mesmo tempo que criam antipatias, criam simpatias.
Mas sem ter consultado, nem de longe, a maioria de todos os colegas docentes informados, estamos contra o seu (do 1º Ministro) choque tecnológico (posso ainda argumentar em sua defesa) a maioria das visitas que realizou, foram antecipadamente preparadas para mostrar sucesso...tem dúvidas disto?).

Eh, pá, o post não era para o Sócrates...

(não era, nem é)

Mas são dois aspectos que se cruzam no futuro (para não falar de outras coisas).
Pergunta simples:
como irá ser executada a promessa do choque tecnológico, utilizando-a também para os alunos com necessidades individuais) - ou por outras palavras, não seria vantajoso moderar o choque tecnológico e melhorar a qualidade do ensino para "todos" os alunos"?

Insisto: esta minha perspectiva não é retórica, muito menos experimental e ainda menos política, esta é uma dúvida de quem conhece o Portugal que as campanhas eleitorais escondem...e à qual a Segurança Social não consegue chegar... basta perguntar...

E mesmo assim: ( o tipo é chato...) de onde veio todo este dinheiro? E por quanto tempo se vai manter? ou terá sido só um show de tv?...


2 comentários:

Rita Carrapato disse...

Realidade, humor, ironia, crítica social, política, educacional (não se podem separar, pois não? mas fi-lo...)bem presentes aqui nas tuas palavras (de reflexão).
Daria pano para mangas, mas fazer comentarios longos é muito "chato".
Pegou-se-me aos olhos e, portanto, às mãos, o Choque tecnológico... O que envolve meninos com necessidades individuais toca-me muito e pergunto: alguém dos nossos iluminados se lembrou deles quando "largou (ou vai largar)à queima roupa", os milagrosos magalhães? Onde está o hardware e software adapatados às suas necessidades?...
De facto sabemos que a greve não é solução (dia de greve hoje, sem saber os resultados da mesma)mas pergunto mais uma vez: deita-se rio abaixo o esforço, a garra, a união dos 120 mil professores em manifestação anterior?
Não sei se é da hora, mas não "entendi" claramente o parágrafo escrito a maiúsculas...
Vale a pena e ainda bem que continuamos a acreditar em contos de fadas, talvez seja este acreditar que nos dá alguma força para não naufragarmos neste mar de águas tão agitadas...

Um abraço

Rita

Rita Carrapato disse...

Bruno

Esqueci-me de dizer que este vídeo arrepia, rói toda a corda da minha serenidade. Porque não roerá a de OUTROS?!...

Rita